Criada por Michaela Coel, de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, série aborda experiência pessoal da atriz, roteirista e produtora
Uma das séries mais comentadas das últimas semanas, a dramédia Bebê Rena tem feito sucesso na Netflix por usar o drama e o humor para contar a história de Donny Dunn, um barman que sonha em se dar bem como comediante. Em um dia de trabalho, ele faz uma gentileza para uma mulher solitária e, sem querer, acaba cultivando uma stalker, que passa a assediá-lo dia e noite.
A minissérie é baseada em uma experiência pessoal de Richard Gadd, criador, roteirista, produtor e protagonista da produção. Apesar de focar nesse acontecimento, Bebê Renaganhou ainda mais destaque por conta de seu quarto capítulo, em que é revelado que Donny foi violentado por um produtor de comédia, o que o levou a manifestar um comportamento autodestrutivo.
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A revelação é chocante - tanto que muitos internautas alegaram terem ficado traumatizados após assistirem ao episódio -, mas serve como fio condutor para refletir, dentro do contexto da história, como a violência sexual pode moldar a vida de suas vítimas.
Além do comportamento autodestrutivo, Donny sofreu com a culpa e a confusão sobre o que havia acontecido com ele, o que o impediu de identificar que estava se envolvendo em uma situação perigosa novamente ao conhecer e dar corda à relação com a stalker que conheceu em seu trabalho.
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Porém, quatro anos antes da estreia de Bebê Rena, a atriz, produtora, roteirista e diretora Michael Coel, conhecida por Chewing Gun (2015-2017), Black Mirror (2011- ) e, mais recentemente, Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (2022), já usava de ferramentas como o drama e o humor para abordar violência sexual em I May Destroy You.
Na minissérie, que também é inspirada pela experiência pessoal de sua criadora, Coel interpreta Arabella, uma escritora com bons amigos e uma promissora carreira. No entanto, enquanto sofre com um bloqueio ao tentar escrever o seu novo romance, ela decide sair com os amigos para um clube, onde é drogada e estuprada no banheiro.
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Arabella acaba esquecendo a situação traumática, mas logo começa a ter lembranças do que aconteceu com ela e precisa começar a reconstruir a própria vida em meio ao trauma. Ao longo de doze episódios, I May Destroy You aborda o estupro da escritora, mas também explora outras formas de violência sexual, desde tirar a camisinha sem o consentimento do parceiro até o ato consumado.
Apesar do tema pesado, a minissérie, que é escrita, produzida, dirigida e estrelada por Coel, usa um humor pontual e muito bem trabalhado para lidar com a situação em que a protagonista está envolvida, assim como é o caso de Bebê Rena. Lançada em 2020, I May Destroy You está disponível no catálogo da Max. Assista ao trailer a seguir:
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