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Barbados clama independência da Inglaterra após 400 anos

Evento fechado marcou a aguardada transição de Barbados para uma república - e o rompimento com a coroa britânica

Redação Publicado em 30/11/2021, às 13h33 - Atualizado às 13h37

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Cerimônia de posse presidencial e inauguração da república (Foto: Jeff J Mitchell - Pool/Getty Images)
Cerimônia de posse presidencial e inauguração da república (Foto: Jeff J Mitchell - Pool/Getty Images)

Quando o relógio marcou meia-noite desta terça, 30, Barbados clamou o fim da monarquia. Há quase 400 anos, a ilha caribenha era dominada pela coroa britânica — e agora, ela se torna, oficialmente uma república. Conforme explicou o G1, a nação é independente do Reino Unido desde 1966, mas ainda tinha a Rainha Elizabeth II como chefe de Estado. 

Segundo informações da CNN, foi realizada uma cerimônia na segunda, 29, à noite, com diversas festividades que representaram a transição de ilha de reino para república. Em evento, a Rainha Elizabeth II foi retirada do cargo de chefe de Estado da Ilha enquanto Sandra Mason passou a ocupar o posto. 

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“Por décadas, temos debatido sobre a transição de Barbados para uma república. Hoje, o debate e as conversas se tornaram ação. Hoje, damos um novo rumo à nossa bússola,” disse Mason (via CNN) no primeiro discurso como chefe de Estado da ilha caribenha.

A cerimônia fechada também contou com a presença (e discurso) do Príncipe de Gales,
Charles, filho mais velho de Elizabeth II, que comentou sobre a trajetória da ilha para se tornar república:

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“Desde os dias mais sombrios do nosso passado, e a atrocidade aterradora da escravidão, que mancha para sempre a nossa história, o povo desta ilha forjou seu caminho com extraordinária fortaleza. Emancipação, autogoverno e independência foram seus pontos de referência. Liberdade, justiça e  autodeterminação têm sido seus guias(...),” disse.

A cantora Rihanna, nascida na ilha, também participou da cerimônia em Barbados — e, na segunda, 29, foi condecorada heroína nacional. “Que você continue a brilhar como um diamante e honrar sua nação com suas obras, com suas ações,” disse a primeira-ministra Mottley à artista.

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Críticas à presença de Príncipe Charles

Além das comemorações, a cerimônia também recebeu críticas devido à presença do Príncipe Charles. Apesar de o monarca citar a escravidão, ativistas apontam para a falta de um pedido de desculpas, assim como para a relação entre a ilha e a coroa britânica baseada no comércio de escravizados. 

Em entrevista à CNN, David Denny, secretário-geral do Movimento Caribenho pela Paz e Integração., pontuou: “Nenhum membro da família real deve participar do nosso principal dia de liberdade. A família real se beneficiou financeiramente da escravidão e muitos de nossos irmãos e irmãs africanos morreram na batalha pela mudança.”