Quarta e última temporada de Barry tem todos os oitos episódios dirigidos por Bill Hader
Criada por Alec Berg e Bill Hader, Barry sempre teve exibições tímidas e nunca chamou tanta atenção do público geral, mesmo com indicações a prêmios importantes de Hollywood, e nunca teve números expressivos de audiência, como The Last of Us ou House of the Dragon. Neste domingo, 16, a produção inicia a quarta e última temporada.
Na última fase, o seriado consegue encaminhar os arcos de cada personagem de destaque de maneira satisfatória. Com oito episódios, todos dirigidos por Hader, HBO disponibilizou sete deles para Rolling Stone Brasil realizar esta review sem spoilers.
BARRY. A TEMPORADA FINAL. 16 DE ABRIL. pic.twitter.com/e17eszVkmd
— HBO Brasil (@HBO_Brasil) March 7, 2023
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A trama de Barry acompanha o personagem-título (interpretado por Bill Hader), que é um assassino extremamente letal que é bastante infeliz e traumatizado na vida. No entanto, ele decide mudar de carreira e tentar se tornar um ator profissional ao conhecer o curso de Gene Cousineau (Henry Winkler). O elenco também conta com Stephen Root (Monroe Fuches), Sarah Goldberg (Sally Reed) e Anthony Carrigan (NoHo Hank).
Ao longo dos sete episódios, o seriado faz um retrato surrealista do mundo, com algumas situações bastante anormais, enquanto faz algumas críticas e apontamentos sobre problemas que passamos atualmente, como saúde mental, cultura do cancelamento, ganância e muito mais.
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Após os acontecimentos da terceira temporada que trouxeram consequências enormes, sobrou nenhum personagem que esteja com a consciência limpa ou tranquila no quarto ano - e você nunca sabe quem vai perder a cabeça primeiro. Esse elemento é bastante interessante de se observar e traz imprevisibilidade dos acontecimentos para o telespectador.
A dinâmica da quarta temporada é bastante diferente do resto do seriado, com um ritmo muito frenético e diversas mudanças acontecendo ao mesmo tempo. Por exemplo, é comum ver personagens mudando de opinião sobre quem é inimigo e quem deve ser morto ou não.
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Barry transita muito entre o drama e a comédia, este último é uma especialidade de Bill Hader, que participou por muito tempo do Saturday Night Live (SNL). A quarta temporada da série mantém essa dualidade muito bem, com momentos hilários, mas que podem te fazer chorar de tristeza a qualquer momento. Vale destacar os momentos absurdos e irreais que o seriado conseguiu fazer muito bem ao longo da existência.
Como de costume, a produção entrega muito no quesito de atuações (e é uma pena que elas sempre são esnobadas em premiações e ficam apenas com indicação), especialmente quando se trata de Hader, Henry Winkler, Sarah Goldberg e Anthony Carrigan. Um nome que impressionou foi Stephen Root, que fez o melhor trabalho dele na série na quarta temporada. Além disso, os personagens principais não decepcionam e têm arcos satisfatórios.
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O aspecto técnico de Barry também segue impecável como sempre, e o trabalho de Bill Hader na direção supera muitos filmes de grande orçamento de Hollywood atualmente. Não apenas com as expressões dos atores, a história também é muito bem contada por meio dos cenários, enquadramento e fotografia.
Mesmo com pouco espaço entre o público, mídia e vitórias em premiações, Barry conseguiu finalizar a interessantíssima história, que te entretém, emociona e faz rir. Abraçando sua insanidade única (no melhor sentido possível da palavra), o seriado mostra o motivo de ser uma das melhores séries, não só dos últimos tempos, mas da história