Boneca Russa: 3 aspectos positivos (e 3 negativos) da segunda temporada [LISTA]
A segunda temporada da série Boneca Russa chegou no dia 20 de abril na Netflix
Julia
Depois de três anos, Boneca Russa (2019) finalmente ganhou uma segunda temporada. Na última quarta, 20, a Netflix disponibilizou os sete novos episódios da série, os quais levam Nadia Vulvokov (Natasha Lyonne) e Alan Zaveri (Charlie Barnett) em uma nova aventura temporal.
A Rolling Stone Brasil já assistiu aos novos episódios e separou 3 aspectos positivos e 3 negativos sobre a nova temporada de Boneca Russa. Confira:
Negativo: Por que Nadia e Alan foram escolhidos?
Talvez seja um dos charmes da série. Talvez seja só uma questão para a qual os roteiristas não conseguiram encontrar uma resposta. A segunda temporada não repete velhos truques e joga os protagonistas em uma viagem no tempo. Mas, novamente, o ano termina sem explicar o motivo de Nadia e Alan serem escolhidos para ganharem segundas chances de olhar para o passado – neste caso, literalmente – para encarar melhor o presente.
Positivo: Uma nova reflexão sobre a vida, a família e a maternidade
A primeira temporada teve um ótimo final, o qual fechou os ciclos de Nadia e Alan que foram abertos ao longo dos episódios. Assim, muitos se perguntaram como Boneca Russa conseguiria criar uma nova história interessante sem repetir a fórmula dos capítulos anteriores.
Bom, a segunda temporada surpreende ao conseguir trazer uma nova reflexão intrigante por meio de rachaduras temporais. Tudo se torna mais metafórico e Nadia se aprofunda nas dúvidas da própria existência, além de levantar questões potentes sobre a maternidade. Posso mudar minha história? Posso mudar minha mãe? Se pudesse escolher, escolheria outra mãe?
Negativo: Alan perde protagonismo
Alan quase não tem relevância na história. O personagem aparece vez ou outra para dar conselhos para Nadia e, de forma breve, faz as próprias viagens no tempo – as quais não acrescenta muito na narrativa principal. É como se a série começasse a se aprofundar no passado dele e, de repente, cortasse a linha de pensamento.
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Positivo: Mais Maxine, Ruth e Chloe Sevigny
As queridas personagens Maxine (Greta Lee) e Ruth Brenner (Elizabeth Ashley) voltam com mais destaque na segunda temporada. As duas acompanham a protagonista na busca dela pelo passado da família e Ruth, em especial, ganha profundidade conforme vemos a versão jovem dela e entendemos melhor sua história de vida.
E para quem ficou com vontade de ver mais de Chloe Sevigny, os novos episódios dão mais tempo de tela para a atriz, que interpreta a mãe de Nadia.
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Negativo: Final menos emocionante
A primeira temporada trouxe uma reviravolta inteligente no final da narrativa, mas a segunda não consegue repetir o feito ou pelo menos criar algo tão emocionante quanto, apesar de trazer imagens bonitas, como o momento em que a protagonista entrega sua versão bebê para a mãe, aceitando a própria história.
Positivo: Anos 1980 sem clichês
Nos últimos anos, muitos – muitos – filmes, séries e discos abraçaram a nostalgia dos anos 1980. Alguns caíram em clichês previsíveis, como Mulher-Maravilha 1984 (2020), enquanto outros conseguiram resgatar a magia da época com sucesso.
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Boneca Russa entra nesse movimento nostálgico, mas não se deixa levar pelos clichês. Afinal, o foco não é mostrar diferenças culturais entre o passado e o futuro, mas levar Nadia para o ano do nascimento dela. Claro, a protagonista traz inúmeras referências culturais, contudo, faz isso de maneira sutil por meio do característico humor ácido dela.