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Caso Nardoni: dos mesmos roteiristas do caso Richthofen, série será mais ‘humana que policial’

Dupla criadora dos filmes sobre Suzane von Richthofen e da série da Netflix Bom Dia, Verônica está trabalhando em produção sobre caso Nardoni

Mariana Rodrigues (sob supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 27/09/2021, às 16h59

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Carla Diaz como Suzane von Richthofen em filmes sobre Richthofen (Foto: Reprodução / Youtube)
Carla Diaz como Suzane von Richthofen em filmes sobre Richthofen (Foto: Reprodução / Youtube)

Após trabalharem em A Menina Que Matou os Pais (2021) e O Menino Que Matou Meus Pais (2021), série de filmes sobre o caso de Suzane von Richthofen, a criminóloga Ilana Casoy e o roteirista Raphael Montes estão trabalhando em uma série sobre o caso de Isabella Nardoni. A dupla também é responsável por Bom Dia, Verônica (2020), produção da Netflix.

De acordo com Folha de S. Paulo, para a criação do roteiro Montes utilizou o conhecimento para narrar histórias enquanto Casoy trilhou todo o caminho do crime. A criminóloga acompanhou o caso em 2008 e explica como a série terá uma abordagem mais humana, contando a história de uma forma nunca vista. Apesar de ser uma obra de ficção, promete ser fiel ao processo de investigação.

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"Esse é um drama pertinente à sociedade, é uma série dramática, aos moldes do caso Richtofen, com 6 episódios. É uma visão nova, não é documentário. E não é 'fetichiziar' a violência, é tratar de um assunto que afeta todo mundo, e entender como isso foi acontecer a partir da história de pais separados que dividiam o tempo de convivência com uma filha, como isso ganhou contornos trágicos," disse à Folha.

Casoy explica que a produção seguirá o mesmo preceito dos filmes sobre Suzane von Richthofen e ressalta a visão que o público tem do caso Nardoni é do olhar policial e da perícia, a qual foi explorada pela mídia. "A menina e o menino também trazem uma visão mais sensível. Acompanhar um caso pela imprensa é uma coisa, acompanhar de dentro, é bem outra," comentou.

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O trabalho como criminóloga resultou em no livro Casos de Família: Arquivos Richtofen e Arquivos Nardoni: Abra os Arquivos Policiais (2016), no qual reúne mais detalhes sobre os casos e Casoy garante como todas as informações apresentadas são verdadeiras: "Não tem nada inventado. É tudo o que está no processo. Pode ter licença poética? Pode, mas licença poética não é mentir. Não vale enganar."

A autora explica como é importante que os fatos correspondam a realidade, pois a obra também pode ser uma formadora de opinião: "É uma responsabilidade de quem cria e escreve porque um veículo de arte imprime mais opinião do que um veículo de notícia."

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O caso Nardoni impressionou o Brasil em 2008 quando a jovem Isabella, de apenas cinco anos, foi jogada do sexto andar do prédio onde morava, na Vila Guilherme, São Paulo. As investigações resultaram na prisão do pai Alexandre Nardoni, e da madrasta, Anna Carolina Jatobá.