'Mais corajoso para a Marvel', diz produtor sobre Demolidor: Renascido
Em entrevista, Brad Winderbaum revelou que a nova série do Universo Cinematográfico da Marvel é muito mais sombria e violenta do que outras produções
Camila Gomes (@camilagms)
Publicado em 05/03/2025, às 15h00
Nova série do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), Demolidor: Renascido promete trazer de volta tudo o que os fãs do herói sentiram falta desde que a sua antecessora, Demolidor, foi cancelada pela Netflix em 2018, após três temporadas.
Com o apoio de uma legião de admiradores, Charlie Cox já reestreou como Matt Murdock, o Demolidor, em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, de 2021, como advogado de Peter Parker (Tom Holland). Em pouco tempo, ele ainda enfrentou (e namorou) Jennifer Walters, a Mulher-Hulk (Tatiana Maslany), em Mulher-Hulk: Defensora de Heróis (2022), e ainda lutou contra Maya Lopez (Alaqua Fox) em Eco(2024).
Recebidas com empolgação pelo público, as participações especiais garantiram uma nova série para o vigilante, com duas temporadas já garantidas. Agora, depois de muita espera, o herói retorna em um drama político repleto de cenas de ação violentas, sangrentas e bem mais sombrias do que muitas tramas já apresentadas no Universo Cinematográfico da Marvel até hoje.
"É um tom mais sombrio e mais corajoso para a Marvel. Esperamos igualar o tom da série original. É muito parecido com o tom dos quadrinhos de Frank Miller", revelou o produtor executivo da série e Diretor de Streaming, Televisão e Animação da Marvel Studios, Brad Winderbaum, em entrevista à Rolling Stone Brasil.
Para a novidade, de acordo com o produtor, houve um cuidado para apresentar o Demolidor a um novo público, mas também trazer referências que devem tornar a experiência dos fãs mais apaixonados pelo personagem ainda melhor.
Além disso, Winderbaum afirmou que a cidade de Nova York, onde a história foi rodada, é um pilar para a história, "diferentes pessoas poderosas disputando o controle e uma população de cidadãos comuns que estão presos na esteira dessa luta pelo poder". A seguir, confira a entrevista completa:
Demolidor: Renascido é uma continuação direta de Demolidor, que já tinha uma legião apaixonada de fãs. Como vocês honram esse passado e apresentam e dão boas-vindas a um novo público?
Brad Winderbaum: Projetamos o programa para ser algo em que um novo público possa se jogar e conhecer a história em seus próprios termos. Mas se você conhece a série original, talvez entenda muitas das referências e traga um pouco mais de história de fundo para ela. Mas se você é um novo fã, pode assistir desde o início.
Como foi trazer Charlie Cox, Vincent D'Onofrio e todos esses atores (e personagens) tão amados de volta?
BW:Acho que eles são dois dos melhores atores com quem alguém poderia trabalhar. E eles encarnam esses papéis tão plenamente quanto qualquer outro dos melhores elencos da Marvel que já foram feitos. Eu colocaria o Matt Murdock de Charlie Cox e Vincent D'Onofrio como Wilson Fisk no mesmo nível de [Robert] Downey Jr.. interpretando Tony Stark. Eles tornaram esses papéis icônicos e acho que essa é uma das rivalidades mais icônicas da história da Marvel.
Em Demolidor: Renascido, nós teremos um Demolidor muito fiel aos quadrinhos, um Demolidor mais sombrio, como o da série original, ou uma versão mais mais leve e aventureira como em Mulher-Hulk: Defensora de Heróis?
BW:Sem dúvida, é um tom mais sombrio e mais corajoso para a Marvel. E esperamos igualar o tom da série original. O tom é muito parecido com o dos quadrinhos de Frank Miller. É uma série violenta, cheia de ação, mas também é repleta de um drama muito rico.
A série mostra Matt Murdock tentando deixar seu passado sombrio como Demolidor para trás, assim como Wilson Fisk tentando se desvencilhar do Rei do Crime. Como esses conflitos internos afetam a nova jornada dos dois?
BW: Esses são dois homens que estão em desacordo com sua própria natureza. Matt Murdock acredita que pode viver na luz como um advogado que busca justiça. Mas, em breve, os sistemas opressivos que o cercam serão acionados e o forçarão a usar a violência como forma de proteger pessoas que não podem se proteger. Wilson Fisk quer ser um bom prefeito. Ele ama Nova York. Mas ele usa a violência como moeda de troca e acabará usando-a para conseguir o que quer.
O confronto de Matt Murdock e Wilson Fisk vai além do embate físico. Trata-se também de uma batalha política, ideológica e muito estratégica. Como isso foi desenvolvido até que chegasse a ação? E o que podemos esperar do momento em que eles cedem ao lado mais sombrio?
BW: É um jogo de xadrez entre esses dois homens. Ambos são incrivelmente inteligentes e eles não usam a violência de forma leviana. É uma ferramenta, entre muitas outras ferramentas, que eles usam para puxar as alavancas do poder na cidade de Nova York.
Matt Murdock começou no MCU em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, depois em Mulher-Hulk: Defensora de Heróis e Eco. Podemos esperar participações especiais de personagens dessas séries em Demolidor: Renascido?
BW: Eu não esperaria que o MCU viesse invadir as ruas de Nova York dessa forma. O que é divertido em Demolidor: Renascido e o que era divertido na época em que eu era criança e pegava um gibi do Demolidor era que ele vivia em um mundo contido de Nova York. Ainda é o MCU. Esses personagens ainda estão por aí, eles estão vivendo e respirando no mesmo mundo. Mas a história que estamos contando é sobre a cidade de Nova York neste momento e lugar e as alavancas do poder nessa cidade.
Demolidor é conhecido por suas cenas intensas de luta. Os fãs podem esperar novas cenas icônicas de lutas em corredores?
BW:Sim! Phil Silvera, que é nosso diretor de segunda unidade e coordenador de dublês na série original, está de volta e criou algumas sequências de ação incríveis que espero que as pessoas gostem tanto quanto eu.
Especial de cinema da Rolling Stone Brasil
O cinema é tema do novo especial impresso da Rolling Stone Brasil. Em uma revista dedicada aos amantes da sétima arte, entrevistamos Francis Ford Coppola, que chega aos 85 anos em meio ao lançamento de seu novo filme, Megalópolis, empreitada ousada e milionária financiada por ele próprio.
Inabalável diante das reações controversas à novidade, que demorou cerca de 40 anos para sair do papel, o cineasta defende a ousadia de ser criativo da indústria do cinema e abre, em bom português, a influência do Brasil em seu novo filme: “Alegria”.
O especial ainda traz conversas com Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello sobre Ainda Estou Aqui, um bate-papo sobre trilhas sonoras com o maestro João Carlos Martins, uma lista exclusiva com os 100 melhores filmes da história (50 nacionais, 50 internacionais), outra lista com as 101 maiores trilhas da história do cinema, um esquenta para o Oscar 2025 e o radar de lançamentos de Globoplay, Globo Filmes, O2 Play e O2 Filmes para os próximos meses.
O especial de cinema da Rolling Stone Brasil já está disponível nas bancas de jornal, mas também pode ser comprado em pré-venda na loja da editora Perfil por R$ 29,90. Confira:
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