Inspirada no caso da golpista russa Anna Delvey, Inventing Anna, da Netflix, conta diversas mentiras ao longo da série; veja algumas
Vitória Campos (sob supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 22/02/2022, às 20h22 - Atualizado em 03/03/2022, às 16h11
Inventing Anna (2022), série da Netflix criada por Shonda Rhimes, foi inspirada no caso real de Anna Delvey — ou Anna Sorokin — golpista russa que se passou por herdeira alemã para enganar a elite de Nova York, EUA.
A cada episódio da série aparece a seguinte frase: “Essa história é completamente verdadeira.” Logo, a citação é substituída por: “Exceto por todas as partes que são totalmente inventadas.” Pensando nisso, a Rolling Stone Brasil separou algumas mentiras contadas em Inventing Anna, segundo a Tatler. Confira:
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Na produção, Vivian é baseada na jornalista Jessica Pressler, e monta um mural com todas as informações, fotos e artigos que obtém sobre as façanhas de Delvey — criando uma linha do tempo. No entanto, na realidade, não foi bem assim; Pressler montou apenas documentos no Google e planilhas do Excel.
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A jornalista Pressler, que entrevistou Delvey por muitos meses enquanto escrevia um artigo sobre a farsante, comentou que o sotaque de Julia Garner na série não era tão parecido ao de Sorokin na vida real.
“Achei a Anna muito nasalada, as palavras duramente cortadas, cada sílaba executada com muito cuidado. Enquanto Garner acertou a essência da estranheza do sotaque, a voz real de Sorokin é mais suave, a pronúncia mais sutil,” escreveu a jornalista.
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Em uma cena durante os primeiros episódios da produção, Delvey aparece bebendo chá em xícaras de porcelana na prisão Rikers Island, nos Estados Unidos. Sorokin, da realidade, confirmou que isso nunca aconteceu, em uma mensagem de texto enviada da instalação, escreveu: 'Definitivamente sem chá na Rikers!’
O tribunal e o julgamento que a série da Netflix apresenta é muito mais glamouroso que o verdadeiro. Delvey foi condenada na Suprema Corte de Nova York, a qual tem um interior deprimentemente monótono e lembra uma velha sala de aula com caixas de arquivo pretas e fios soltos espalhados pelo chão, segundo a Tatler.