Leonardo DiCaprio diz que obras de IA têm ’15 minutos de fama’ antes de virarem ‘lixo da internet’

Leonardo DiCaprio (Uma Batalha Após a Outra) reforçou seu ceticismo sobre o papel da inteligência artificial no futuro do entretenimento. Em entrevista à Time, que o elegeu entertainer do ano, o ator lamentou que profissionais “talentosos e experientes” possam perder espaço, mas foi categórico ao afirmar que a IA jamais poderá produzir arte de verdade. “Acho que qualquer coisa que será autenticamente considerada arte precisa vir do ser humano”, declarou.

Para ele, a IA pode até servir como ferramenta de experimentação para jovens cineastas, gerando combinações “brilhantes” e inusitadas, como mashups que imitam vozes ou estilos de artistas consagrados. Mas esse tipo de criação, diz DiCaprio, não perdura: “Você diz ‘uau’, acha incrível, e depois aquilo tem seus 15 minutos de fama e desaparece no éter do lixo da internet. Não tem ancoragem, não tem humanidade, por mais brilhante que seja”.

A opinião do ator se soma a uma onda recente de rejeição à inteligência artificial entre grandes nomes do cinema. Guillermo del Toro (Frankenstein), em discurso no Gotham Awards, disparou um sonoro “fuck AI” (foda-se IA) e afirmou que preferia morrer do que usar a tecnologia em seus filmes. James Cameron (Avatar), por sua vez, revelou ter proibido o uso de IA generativa na produção dos novos Avatar, defendendo que o cinema deve “honrar e celebrar atores, não substituí-los”.

Emma Thompson (Razão e Sensibilidade) também demonstrou frustração ao falar sobre o tema no The Late Show. A atriz e roteirista explicou que escreve roteiros à mão e se irrita com o Word sugerindo reescrever automaticamente seus textos. “Eu não preciso que você reescreva o que acabei de escrever. Vai se ferrar!”, desabafou, arrancando risos da plateia.

Fonte: Variety

LEIA TAMBÉM: Leonardo DiCaprio elege seu filme favorito de Christopher Nolan; e não é ‘A Origem’