Maus é uma das histórias em quadrinhos mais importantes dos últimos tempos, mas o autor não quer transformá-la em filme
Maus: a história de um sobrevivente (1980), história em quadrinhos escrita e desenhada por Art Spiegelman, é uma das mais populares do gênero — e uma das mais importantes também. Incrível retrato sobre a perseguição judaica durante a Segunda Guerra Mundial, foi aclamada pelo público e pela crítica, e inclusive venceu o Prêmio Pulitzer em 1992. O autor, no entanto, não quer que a narrativa seja adaptada para outros modelos.
Maus conta a história do pai de Art, Vladek Spiegelman, um judeu polonês que sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. Vladek conta a história ao filho com seu "inglês quebrado," característico dos imigrantes, e narra as atrocidades pelas quais passou. Na obra, seres humanos são classificados como diferentes animais: judeus são ratos, nazistas são gatos, poloneses não-judeus são porcos e americanos, cachorros.
De acordo com informações do Jovem Nerd,Art Spiegelman recusou quatro ofertas de transformar Maus em uma grande produção para os cinemas. Além disso, conforme apurou o The Hollywood Reporter, o autor também negou “milhões de dólares” em ofertas para licenciamento e criação de produtos baseados na arte do quadrinho. “Gosto de filmes, mas Maus é melhor servido como um livro. É um formato mais íntimo e os quadrinhos aderem melhor ao cérebro.”
O quadrinho foi publicado em 1980, mas se mantém relevante até hoje e voltou a ser discutido após ser banido em diversas escolas nos Estados Unidos, por conter oito palavrões e uma imagem de nudez. Algumas semanas depois, tornou-se o livro mais vendido do país: voltou a liderar a lista de livros mais vendidos dos EUA na Amazon na segunda, 31 de janeiro.
Maus is currently a #1 Amazon best seller pic.twitter.com/SqUxIkuwsQ
— Comic Burrito Show (@TheComicBurrito) January 29, 2022
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