Segundo Melissa Barrera, histórias de latinos na indústria sempre são 'dramáticas, violentas, tristes e deprimentes'
Intérprete de Sam Carpenter em Pânico 5 (2022) e Pânico 6 (2023), Melissa Barrera comentou dificuldades e certos preconceitos que atores e atrizes latinos sofrem em Hollywood, principalmente nas ofertas de papéis em filmes e séries.
No começo da carreira, Barrera tomou a decisão de fugir de esteriótipos enfrentados por personagens latinos, seja em temas apenas sobre imigração ou violência. Porém, ela estrelou o drama musical Carmen (2022) com Paul Mescal.
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Na trama, a personagem-título sobrevive a uma terrível e perigosa travessia ilegal de fronteira para os EUA, apenas para ser confrontada por um guarda de fronteira voluntário sem lei, que mata a sangue-frio dois outros imigrantes em seu grupo. Em perfil feito pelo NME, a atriz mexicana explicou a decisão de aceitar o papel de Carmen: "Eu sabia que seria muito legal com uma visão única e criativa."
"Quando me mudei de Los Angeles para o México em 2017, disse à minha equipe que não queria alimentar a narrativa de 'isso é tudo o que somos,'" afirmou Melissa Barrera ao site. “Em Hollywood, a maioria das oportunidades que você tem, como latino, é interpretar alguma versão de uma história de imigração – que é sempre muito dramática, violenta, triste e deprimente…"
Eles são como pornografia traumática que dá vontade de rastejar para debaixo das cobertas da cama e chorar.
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Em seguida, Barrera falou mais sobre Carmen e como o filme é complexo e não fica preso ao esteriótipo de latinos: "É lindo, esperançoso e não acerta em cheio. Achei que essa era uma forma de atingir um público que normalmente rejeitaria assistir histórias de imigração. Talvez, depois desse filme, eles pensem: 'Meu Deus, Carmen era uma imigrante.'"
O catalisador de toda a história de aventura foi porque essa mulher precisava fugir do perigo e cruzar uma fronteira em busca de uma vida melhor. Foi uma versão onírica de uma narrativa que vimos tanto – contada de uma forma artística que irá se conectar de uma forma mais emocional através do uso de movimento e dança. Há outro nível nisso.