Frida Kahlo trocada por NFT, sopa de tomate em quadro de VanGogh e outras; relembre 5 momentos em que obras de artes foram danificadas
Na madrugada desta quarta-feira, 12, a obra Vênus dos Trapos do artista Michelangelo Pistoletto se transformou em cinzas após um incêndio. A arte, que estava exposta em frente à prefeitura de Nápoles, Itália, retrata a deusa romana ao lado de uma pilha de trapos e foi uma as principais obras da Arte Poveraem 1967.
Autoridades locais afirmam que o incêndio pode ter acontecido intencionalmente, o que o prefeito da cidade Gaetano Manfredi chamou como um "grande ato de violência".
Infelizmente não é a primeira vez que obras de arte expostas em locais públicos ou museus são danificadas. Confira abaixo um compilado:
Em outubro de 2022, ativistas jogaram sopa de tomate no quadro Vaso com quinze girassóis de Van Gogh exposto na National Gallery, em Londres. A obra era avaliada em 84,2 milhões de libras (R$ 506 milhões), e sofreu danos apenas na moldura graças a camada de vidro que protegia o quadro.
O grupo Just Stop Oil, que busca chamar atenção para crise climática, foi o responsável pelo ato. Após arremessarem sopa, ativistas tentaram colar próprios corpos na parede do local e foram presas em seguida. Ativista declararam que levaram em consideração camada de vidro do quadro antes de planejar o ato.
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Confira o momento:
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Dois dias após o episódio de molho de tomate no quadro de Van Gogh, dois ativistas climáticos atiraram purê de batata no quadro Grainstacks, de Claude Monet, exposto no Museu Barberini, em Potsdam, na Alemanha.
Desta vez os responsáveis pela ação foi o grupo alemão Letzte Generation para protestar contra o combustível fóssil. Os ativistas foram presos e alegaram que sabiam da proteção de vidro no quadro, leiloado em 2019 por 110 milhões de dólares.
Em novembro de 2022, novamente ativistas ambientais colaram suas mãos na moldura de vidro e rabiscaram uma obra de Andy Warhol na Austrália. A pintura é uma variação das mais famosas do artista, chamada "Campbell's Soup."
O protesto foi realizado por um grupo chamado Stop Fossil Fuel Subsidies Australia que defende o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis. A obra não sofreu danos sérios, e os ativistas também rabiscaram as camadas protetoras das telas que compõem a obra.
Martin Mobarak, fundador da empresa Frida.NFT, que vende token não fungíveis - reproduções 3D de objetos no ambiente virtual - das obras de Frida Kahlo, passou a ser investigado pelas autoridades após publicar um vídeo no YouTube queimando uma das obras originais de Frida, o caso aconteceu em setembro de 2022
Mobarak teria destruído a versão original de "Fantasmones Siniestros" como uma forma de promover as peças em NFT disponíveis em seu site, "única conexão autêntica" do público com o quadro. A obra de arte estaria avaliada em US$ 10 milhões (cerca de R$ 54 milhões na cotação atual).
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Confira o momento abaixo:
O Brasil assistiu com surpresa a invasão que ocorreu no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal no dia 8 de janeiro de 2023. Dentro das sedes dos Três Poderes, os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro quebraram vidraças, destruíram móveis, equipamentos e diversas obras históricas.
Entre elas estava o painel As Mulatas, criado pelo famoso Di Cavalcanti e exposta no Palácio do Planalto. A obra, avaliada em R$ 20 milhões foi perfurada pelo menos cinco vezes com facas. Além desta, o icônico vitral Araguaia, criado por Marianne Peretti em 1977, também foi danificado. No total, ao menos 5 obras entre quadros e esculturas foram vandalizadas.
“As mulatas”, de Di Cavalcanti. 7 rasgos. pic.twitter.com/1HMMbcF9JB
— Daniel Adjuto (@DanAdjuto) January 9, 2023