No Festival Glastonbury, Olivia Rodrigo e Lily Allen citaram os cinco juízes responsáveis pela revogação de Roe v. Wade
Olivia Rodrigo fez um cover “Fuck You” ao lado de Lily Allen no último sábado, 25. As duas dedicaram a canção aos cinco juízes responsáveis pela revogação do Roe v. Wade, contestação judicial que garantia o aborto nos EUA.
A apresentação aconteceu durante o Festival Glastonbury, na Inglaterra, neste final de semana. “Eu queria dedicar a próxima música aos cinco membros da Suprema Corte que nos mostraram que, no final das contas, eles realmente não dão a mínima para a liberdade. Esta música vai para os juízes: Samuel Alito, Clarence Thomas, Neil Gorsuch, Amy Coney Barrett, Brett Kavanaugh. Nós odiamos vocês!" disse Lily Allen durante o show.
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Estou devastada e apavorada. Tantas mulheres e tantas meninas vão morrer por causa disso”, disse Olivia Rodrigo.
A faixa “Fuck You” foi originalmente inspirada em partidos políticos ultraconservadores que lideravam os EUA e o Reino Unido na época na qual Allen escreveu a canção.
Billie Eilish também abordou a revogação antes de apresentar “Your Power” durante sua apresentação na sexta-feira, em Glastonbury.
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“A música que estamos prestes a cantar, é uma das favoritas que escrevemos e é sobre o conceito de poder e como precisamos sempre lembrar como não abusar disso”, disse Eilish. “E hoje é um dia muito, muito sombrio para as mulheres nos EUA. Só vou dizer isso, pois não consigo mais pensar nisso agora.”
Quase 100 mil pessoas compareceram ao festival neste final de semana, entre as atrações estavam Kendrick Lamar e Paul McCartney.
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Na última sexta-feira, 24, a Suprema Corte dos Estados Unidos derrubou a decisão de Roe v. Wade. Foram seis votos favoráveis e três contrários.
Em 1973, Jane Roe, pelo pseudônimo de Norma McCorvey, abriu um processo no Texas afirmando que sua gravidez era resultado de uma violação. Enquanto Henry Wade, que representava o estado, se opunha a legalização do aborto.
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Por fim, o tribunal do Distrito decidiu a favor de Jane Roe. O caso, então, foi à Suprema Corte dos Estados Unidos, e, finalmente, garantiu o direito de aborto das mulheres com base no direito à privacidade.