Diversos acontecimentos em Pistol se baseiam na vida real, mas série do Sex Pistols toma algumas liberdades na narrativa
Sex Pistols, icônica banda inglesa de punk rock, teve algumas produções audiovisuais que contavam a história do grupo, como The Great Rock 'n' Roll Swindle (1980), Sid & Nancy - O Amor Mata (1986) e O Lixo e a Fúria (2000). A mais recente é Pistol, minissérie produzida pela FX baseada no livro Lonely Boy: Tales from a Sex Pistol, escrito pelo integrante fundador e cantor Steve Jones.
Pistol é comandada por Danny Boyle e gira em torno de Jones. Vale lembrar como Glen Matlock (baixista), Paul Cook (baterista) e o espólio de Sid Vicious, morto aos 21 anos por overdose, aprovaram a produção da série. Porém, John Lydon não se envolveu e processou os ex-companheiros de banda em um esforço para impedir, mas não deu certo.
Igual boa parte das biografias em Hollywood, Pistol conta com muitos acontecimentos verídicos, mas muda alguns para melhor desenvolver a narrativa e trazer mais drama, por exemplo. Veja o que é ficção e o que é realidade na série, segundo lista da Rolling Stone EUA, abaixo:
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Diferente da minissérie, Glen Matlock entrou na banda somente quando Steve Jones e Paul Cook se aproximaram do gerente Malcolm McLaren, quem sugeriu como Matlock, quem trabalhava no turno de sábado na loja Sex, poderia ser uma boa opção.
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Steve Jones foi poupado de uma longa sentença de prisão após McLaren dizer ao juiz como ele era um membro honesto da sociedade, mas isso é bastante dramatizado em Pistol quando o personagem do gerente corre para o tribunal no último segundo e conta uma mentira ridícula sobre Jones cuidar do filho, mãe doente e a morte do amado tio Dickie.
Na vida real, Chrissie Hynde e Steve Jones eram amigos com casos ocasionais, mas não era nada parecido com o relacionamento profundo e duradouro visto em Pistol. Ela também trabalhou na Sex por um período curto. Porém, na minissérie, parece que ela está lá há anos.
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O que realmente aconteceu foi: Chrissie Hynde pediu John Lydon em casamento primeiro, mas foi Sid Vicious quem realmente concordou em fazê-lo em troca de duas libras. (SteveJones não desempenhou nenhum papel nisso.) Eles reuniram os papéis necessários e quase finalizaram o processo, mas o cartório estava fechado naquele dia por conta de um feriado prolongado.
Glen Matlock deixou os Sex Pistols no início de 1977, não muito após entrevista com Bill Grundy torná-los famosos em toda Inglaterra. Ao longo dos anos, a banda justificou a decisão de demiti-lo: Matlock gostava demais da música mainstream, não parecia um verdadeiro astro punk, não cresceu nas ruas, e achou a mensagem de “God Save The Queen” muito radical.
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Sid Vicious estava de fato com hepatite durante boa parte do tempo, e ele era de fato um baixista inexperiente, mas foi liberado do hospital antes da banda terminar as gravações de Never Mind the Bollocks Here's the Sex Pistols, e Vicious foi ao Wessex Sound Studios para a sessão de "Bodies."
Na vida real, John Lydon realmente apresentou Nancy Spungen a Sid Vicious. Isso aconteceu em março de 1977 no primeiro show de Vicious no Sex Pistols. “Para mim, terminaria em desastre, mas não do jeito que acabou," escreveu Lydon no segundo livro de memórias, intitulado Anger is an Energy: My Life Uncensored.
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"Pensei como ele iria fazer sexo com ela e se arrepender de manhã. Mas ele gostou da ideia de que ela parecia perdida e arruinada," continuou.
Em Pistol, o trio Steve Jones, Chrissie Hynde e Paul Cook são enviados por McLaren para dar drogas a Nancy Spungen e colocá-la em um avião. Na verdade, eles não precisaram de nada disso e ela realmente deixou o país por um tempo. Porém, ela voltou no momento no qual Sex Pistols tocava “God Save The Queen” - e teve uma reunião chorosa com Sid Vicious.
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