Por que a Apple TV escolheu Finneas para sua nova identidade sonora?
O compositor vencedor do Grammy assina a vinheta que acompanha o rebranding da plataforma
Kadu Soares (@soareskaa)
A Apple apresentou a nova vinheta sonora de sua plataforma de streaming, rebatizada como Apple TV (antes Apple TV+), com trilha composta por Finneas. A peça marca uma nova identidade de marca que busca unificar som, imagem e experiência do usuário. A vinheta tem três versões: cinco segundos para episódios de TV, um segundo para trailers e 12 segundos para filmes de estúdio.
Confira a primeira versão:
A escolha do artista se deve ao fato da empresa querer um som curtíssimo, memorável e “atual” para marcar a nova fase e o Finneas é exatamente o cara que hoje entrega pop de altíssimo nível, com linguagem cinematográfica e minimalista ao mesmo tempo. Segundo a própria descrição do rebrand, eles precisavam de um mnemonic (um som que gruda, como o “TUDUM” da Netflix, as notas da NBC ou o chiado da HBO), e o Finneas foi chamado pelo chefe de música da Apple, David Taylor, para fazer algo nessa linha: sofisticado, moderno e reconhecível em segundos.
Finneas contou que o processo criativo começou com a animação do novo logo, multicolorido e mais expressivo, e que a trilha precisou combinar com o visual minimalista. “Se você estiver maratonando a temporada inteira … você vai ouvir essa vinheta dez vezes em um dia,” afirmou o compositor em entrevista à Variety. Ele explicou que a versão principal de cinco segundos foi concebida para ser reconhecível sem se tornar cansativa, e comparou o efeito à “mordida de gengibre entre pratos”.
O protagonismo de Finneas reforça a estratégia da Apple de investir em identidade sonora forte para streaming, algo que já virou padrão com Netflix, Disney+ e outras. Isso evidencia que, no mundo do streaming, o áudio pode ser tão central quanto o visual para fixar uma marca na mente do usuário.
A iniciativa acompanha o rebranding que retirou o “+” do nome da plataforma, reforçando a ambição da Apple de se posicionar não apenas como extensão de hardware, mas como hub de conteúdo.
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