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Entretenimento / Hollywood

Por que fama é a pior coisa do mundo, segundo Kristen Stewart

No auge da fama com a saga Crepúsculo, atriz optou por trabalhar em filmes de baixo orçamento — e há uma razão por trás disso

Igor Miranda
por Igor Miranda

Publicado em 17/01/2024, às 21h00

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Kristen Stewart como Bella (Foto: Reprodução)
Kristen Stewart como Bella (Foto: Reprodução)

Kristen Stewart tem uma trajetória peculiar entre os astros de Hollywood. A atriz nascida em 1990 se tornou um fenômeno de popularidade logo aos 18 anos, com o primeiro longa da saga Crepúsculo, homônimo. Mas com o fim da série de filmes, ela optou por se dedicar muitas vezes a papéis em obras de menor orçamento e orientação menos comercial.

Como estamos falando da protagonista de uma saga cinematográfica que rendeu mais de US$ 3 bilhões, é uma decisão surpreendente. Ainda mais porque foi tomada logo após o fim da série Crepúsculo, dando origem a seus trabalhos em longas como Marcados pela Guerra (2014), Para Sempre Alice (2014) e Quando Te Conheci (2015). Para se ter ideia, o primeiro citado teve orçamento de US$ 1 milhão e arrecadou menos de US$ 80 mil em bilheteria. Ambos os números bem abaixo, pois os objetivos eram diferentes.

Stewart, ao que tudo indica, não estava apenas de aclamação da ala mais “cult” da crítica cinematográfica. Por suas declarações, é possível deduzir que ela queria se afastar dos malefícios que a fama em larga escala pode trazer a alguém que não está acostumado a isso.

Em entrevista de 2015 à Harper’s Bazaar (via Far Out), a americana refletiu sobre um desses grandes problemas: os maldosos comentários online. Kristen admitiu que se deixava impactar bastante com o que as pessoas diziam sobre ela na internet. Ela também contou que adotou uma postura mais comedida em declarações à imprensa e presenças em tapetes vermelhos por conta disso.

“Ter tanta energia humana lançada sobre você e depois ser analisada criticamente é obviamente algo que te desarma. Questões de controle me deixam muito nervosa. É não saber o que vai acontecer.”

Stewart foi além e revelou que situações do tipo a deixavam “aterrorizada”.

Então o que as pessoas estavam vendo (em entrevistas e eventos) era o que acontece quando você fica aterrorizada. Minhas mãos suam, meus joelhos tremem, mal consigo ficar de pé, custo a respirar, sinto náuseas.”

Kristen Stewart e a moda

Curiosamente, Kristen Stewart passou a se sentir mais confiante e menos suscetível a esse tipo de problema por intermédio não do cinema, mas da moda. A atriz foi anunciada em 2013 como new face da grife Chanel para uma nova coleção. Ao trabalhar neste segmento, viu que seus colegas eram muito respeitosos.

Antes, claro, precisou se submeter a um processo de construção de força interior. A atriz contou que seguiu passando por situações em que ficava muito nervosa, mas começou a, simplesmente, deixar pra lá.

“Dei um passo para trás e me permiti ter menos controle. [...] Mas ainda estou muito investida nisso como pessoa. Você poderia sentar comigo em uma entrevista de cinco minutos diante das câmeras e me agredir verbalmente. Não é difícil me deixar chateada.”

Já a moda se tornou seu “escudo”. Kristen afirma:

“Comecei em situações que me eram bastante estranhas, sessões fotográficas, fotógrafos famosos, ter que lidar com designers. Eu me sentia bastante deslocada e imatura. Lembro de conhecer algumas das piores pessoas que você poderia imaginar. Apenas pessoas da moda sugadoras de almas e cruéis, bem O Diabo Veste Prada. Mas também conheci algumas outras que eram muito respeitosas, naturais, criativas e envolventes. Todos que conheci da Chanel foram maravilhosos e trabalhar com eles foi incrível.”

Timidez

Embora “cresça” diante das câmeras, Kristen Stewart se define como uma pessoa tímida. À Public, em 2022, ela contou que muitos confundem seu jeito com arrogância, o que não é o caso.

“A imprensa já disse que sou uma pessoa distante e fria. Na verdade, apenas sou tímida. Fico desconfortável em entrevistas porque preciso falar sobre mim. É que para falar sobre si, você precisa se conhecer; neste momento, sinto que ainda há muitas áreas nebulosas em mim.”
Igor Miranda

Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.