No Twitter, Rainn Wilson reclamou que um dos vilões de The Last of Us, série hit da HBO, é cristão
Icônico intérprete de Dwight Schrute em The Office, Rainn Wilson opinou como filmes e séries de Hollywood têm preconceito anticristão. Essa fala veio após exibição de "Quando Mais Precisamos," oitavo episódio da primeira temporada de The Last of Us.
O capítulo em questão apresenta o vilão David, interpretado por Scott Shepherd, que é um líder religioso de uma comunidade. Na trama, uma pessoa do grupo dele ataca Joel (Pedro Pascal) e acaba morrendo. Por isso, David busca vingança contra o protagonista e Ellie (Bella Ramsey), mas ele muda de ideia e planeja manter a jovem no vilarejo e virar uma espécie de "pai."
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Em publicação feita no Twitter, Rainn Wilson escreveu uma observação sobre a representação de David na adaptação de The Last of Us, jogo de 2013, e afirmou como "sabia que seria um vilão horrível" quando viu personagem começar a ler a Bíblia. Em seguida, o artista perguntou se "poderia haver um pregador que lê a Bíblia em um programa que seja realmente amoroso e gentil?"
I do think there is an anti-Christian bias in Hollywood. As soon as the David character in “The Last of Us”
— RainnWilson (@rainnwilson) March 11, 2023
started reading from the Bible I knew that he was going to be a horrific villain. Could there be a Bible-reading preacher on a show who is actually loving and kind?
Eu acho que há um viés anticristão em Hollywood. Assim que o personagem David em The Last of Us começou a ler a Bíblia, sabia que seria um vilão horrível. Poderia haver um pregador que lê a Bíblia em um programa que é realmente amoroso e gentil?
Dwight Schrute, interpretado por Rainn Wilson em The Office, é um dos personagens mais icônicos da série. Contudo, se o ator ouvisse conselho de agentes, o papel do vendedor poderia ter sido muito diferente.
Responsável por momentos hilários, Dwight é extremamente querido devido às peculiarizardes — principalmente nas atitudes e na aparência. Entretanto, diversos agentes de Rainn Wilson o aconselharam, no início da carreira, a mudar os dentes e fazer musculação.
Em entrevista ao The Guardian, Wilson explicou que a fisionomia tem muita relação com a maneira a qual ele incorpora personalidades para atuar e para potencializar o lado cômico: “Quando você coloca uma câmera em alguém, você está vendo muito do que já está lá.”
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“Comigo, é como — nem quero ir diretamente para 'estranho' — mas sou um cara de aparência diferente que provavelmente tem um lado cômico só porque eu tenho um rosto grande e estranho. Nunca vou ser Josh Brolin (ator de Thanos em Vingadores), não importa o quanto eu queira,” continuou.
O fato de reconhecer a aparência como importante aspecto da carreira foi uma reflexão desde o início da carreira, quando agentes aconselhavam o ator a mudar características físicas que hoje são marcas importantes.
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“Tinha agentes que falavam: ‘Você precisa consertar os dentes, ficar musculoso e perder peso’. Mas percebi logo no início que estava na tradição do ator de personagem. Além disso, em termos de sensibilidade, sou estranho! Jogo xadrez, toco fagote, leio ficção científica. Não estou lá fora caçando, dirigindo um caminhão (...),” explicou.
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Sem seguir o conselho dos agentes, Wilson permaneceu com suas particularidades que, certamente, foram essenciais para interpretar Dwight. Assim que leu o roteiro da série, percebeu que era a pessoa certa para o papel:
Eu tenho o estranho. Eu tenho o impassível. Eu cresci jogando Dungeons & Dragons. Quem pode fazer isso melhor do que eu?.