Final da série com personagem misterioso perto de Tony Soprano gera muitos debates até hoje
Felipe Grutter (com supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 03/11/2021, às 12h50 - Atualizado às 14h00
Um dos maiores debates da história da televisão gira em torno dos momentos finais de Família Soprano, uma das séries de maior sucesso e aclamação da HBO. O protagonista Tony (James Gandolfini) e Carmela (Edie Falco) vão procurar algo para comer em uma lanchonete de Jersey quando um cliente sombrio entra - então, a tela fica preta.
Se você presumiu como a tela foi cortada imediatamente antes do misterioso matar Tony Soprano, você estaria correto. David Chase, criador do seriado, confirmou em entrevista (via Comicbook.com) como teve sempre a intenção do personagem morrer, embora a cena cortada nem sempre estivesse nos planos.
"Porque a cena que eu tinha não era aquela. Nem pensei em cortar para tela preta," afirmou Chase em entrevista ao THR enquanto promovia The Many Saints of Newark. "Tive uma cena na qual Tony volta de uma reunião em Nova York no carro dele. No início de cada temporada, ele vinha de Nova York para Nova Jersey, e a última cena poderia ser ele voltando de Nova Jersey para Nova York, em uma reunião onde seria morto."
Em vez disso, o criador de Família Soprano dirigia um dia e tropeçou em uma lanchonete 24 horas, a qual ele pensou como seria perfeita para definir o tom. As ideias de um final misterioso e "Don't Stop Believin'" como trilha surgiriam mais tarde. Assim, David Chase inventou um dos finais mais discutidos em Hollywood.
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"Era como uma cabana que servia café da manhã. Por algum motivo, pensei: 'Tony deveria parar para comer em um lugar como aquele.' Por quê? Não sei. Isso foi, tipo, dois anos antes," finalizou.
