Novo ano apresenta histórias mais interessantes e explora novos personagens em episódios difíceis de não maratonar; leia a crítica
Apesar de ser uma das produções recentes mais adoradas pelos fãs do Universo Cinematográfico da Marvel, What If...?não conseguiu me conquistar com a sua primeira temporada. Reinventando histórias já conhecidas dentro da franquia, como E se... a capitã Carter fosse a primeira Vingadora? e E se... o Doutor Estranho perdesse seu coração em vez das mãos?, a série optou por um caminho familiar e seguro que, tirando um ou outro episódio, me deixaram com a sensação de que a produção só havia sido feita para encher o catálogo do Disney+.
Porém, mesmo que já não devesse muita coisa para ninguém - além de um jornalista de entretenimento chato e, muitas vezes, exigente -, a primeira animação do Universo Cinematográfico da Marvel retorna ainda melhor, com histórias inéditas e muito mais interessantes, novos personagens e algumas surpresas, que farão os fãs agradecerem ao Disney+ por lançar os episódios da segunda temporada diariamente, como um belo presente de Natal.
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É claro que a nova temporada de What If...? não deixa de brincar com as possibilidades dentro do multiverso da franquia, mas a série, agora, está muito menos literal, por assim dizer, do que foi em seu primeiro ano. Por exemplo, não temos mais um mesmo enredo contado sob outra perspectiva, como em E se... T'Challa se tornasse o Senhor das Estrelas?, mas um gatilho para uma história totalmente nova, como no segundo episódio, E se... Peter Quill atacasse os maiores heróis da Terra?, em que Yondu cumpre com o trabalho para o qual foi contratado e entrega Peter Quill ao seu pai, o vilão Ego.
Além disso, os novos episódios não trabalham apenas com rostos já bastante conhecidos pelos fãs, mas dá a oportunidade de personagens menores brilharem sob os holofotes, como o rei T'Chaka, antigo Pantera Negra e pai de T'Challa; e Bill Foster, o Golias, que apareceu brevemente em Homem Formiga e Vespa (2018).
Porém, o mais interessante é a introdução de novos personagens, como é o caso de Kahhori, estrela do sexto episódio da nova temporada, E se... Kahhori remodelasse o mundo?. Além de ser um dos melhores da temporada, o capítulo traz a empolgante possibilidade de vermos, pela primeira vez, uma heróina saltar da animação para as produções live-action e não o contrário.
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Digo que os fãs da franquia agradecerão ao Disney+ pela escolha de lançar os episódios diariamente e não semanalmente, como aconteceu na primeira temporada, porque, apesar de se tratar de uma antologia e um episódio não ter necessariamente conexão com o próximo, a vontade é de maratonar tudo de uma vez, como foi o caso deste jornalista.
Depois de tantas tragédias recentes no Universo Cinematográfico da Marvel, seja na frente das câmeras, com o lançamento do péssimo Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, ou nos bastidores, como o fracasso em bilheterias de As Marvels e a condenação e demissão de Jonathan Majors da franquia, a segunda temporada de What If...? vem como aquela luz no fim do túnel e nos faz acreditar que o que há de melhor na Marvel ainda existe e, aos poucos, ela deve se encontrar novamente.