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As Joias da Coroa

Redação Publicado em 07/10/2009, às 14h52 - Atualizado às 14h53

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QUARTETO REPAGINADO - John, Paul, George e Ringo em um parque londrino, em 1968 - DIVULGAÇÃO
QUARTETO REPAGINADO - John, Paul, George e Ringo em um parque londrino, em 1968 - DIVULGAÇÃO

Beatles

The Beatles Remasters/ Capitol EMI

O catálogo dos Beatles, que redefiniu a música popular, ganha cara nova

Quando o catálogo dos Beatles ganhou sua versão digital em 1987, o futuro parecia ter chegado. Mas a tecnologia evoluiu tão rapidamente que os CDs do Fab Four se tornaram obsoletos do dia para a noite. E não foram poucos que reclamaram da qualidade sonora. George Martin, o produtor original da banda, decidiu que Please Please Me, With The Beatles , A Hard Day’s Night e Beatles For Sale , os quatro primeiros álbuns do quarteto de Liverpool, saíssem em versões monofônicas. Duas décadas depois, com o mercado da música totalmente transmutado, finalmente a discografia dos Beatles ganha o esperado upgrade. Estão aqui todos os álbuns da discografia inglesa original, mais Magical Mystery Tour – que saiu em LP originalmente nos Estados Unidos, mas acabou sendo adotado como disco oficial – e a coletânea dupla Past Masters, que compila os singles dos Beatles. O investimento é seguro. O material foi tratado com respeito. O som baixo e embolado foi embora. Agora, os instrumentos soam claros e definidos e ninguém mais vai precisar aumentar o volume para apreciar todos os álbuns clássicos. Felizmente não houve qualquer tentativa de revisionismo. As canções não foram remixadas – o espectro sonoro é o mesmo que foi concebido nos anos 60. Cada um dos álbuns vem com um minidocumentário que dura de cinco a seis minutos que pode ser assistido apenas no computador. Estes documentários estão todos juntos em um DVD incluído na caixa que abriga os discos com as matrizes estéreo. E quem for completista e tiver muito dinheiro sobrando ainda vai ter como opção a caixa mono, lançada em quantidade limitada. Toda esta atividade mercadológica só prova que o caso de amor com a obra criada nos anos 60 por John, Paul, George e Ringo nunca vai acabar.

POR PAULO CAVALCANTI