Vampire Weekend
Contra
XL Recordings
Mistura de pop e ritmos mundiais se mostra pouco convincente
O vampire weekend é uma banda aparentemente blindada contra críticas. Formada na Universidade de Columbia, abraçaram o hype de Nova York e o roots africano e foram descobertos pelos blogs antes mesmo de lançarem o primeiro trabalho. Só que o afropop que dizem praticar não se sustenta em pé ao sair dos falantes. Esse segundo disco é mais do mesmo. Estão lá a percussão à Paul Simon logo em “Horchata”, a faixa de abertura. Tem ska misturado a surf music e toques de reggaeton com salsa e calipso em “Cousins” e “Diplomat’s Son”. E até uma indigesta mistura de reggae em 78 rotações com arranjos de cordas em “California English”. As letras mais uma vez invocam a raiz universitária do grupo. “Holiday” é a mais acessível do disco, marcando presença como o pop/rock/ska composto para rádios e YouTube e que parece gravado com caixinha de fósforo no lugar de bateria. Citações a gêneros, trânsito fácil por antenados formadores de informação da web, referências, referências e referências não escondem que o grupo ainda tem muito cuscuz a comer para deixar de ser pastiche de Talking Heads.
Luiz Cesar Pimentel