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Djavan

Redação Publicado em 08/09/2010, às 07h26 - Atualizado às 07h27

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Divulgação
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Djavan

Ária

Luanda Records / Biscoito Fino

Compositor alagoano exercita a leveza do canto ao retomar função de crooner

Viajante solitário na corrente migratória que deslocou nordestinos para o eixo Rio-São Paulo nos anos 70, Djavan cumpriu expediente como cantor da noite carioca e de trilhas de novelas globais antes de poder registrar seu universo particular. O habilidoso crooner reaparece em Ária, seu primeiro disco como intérprete. Conduzido pelo próprio violão em passeio por músicas colhidas na memória afetiva, o compositor sai de cena para o intérprete “djavanear” o jazz das Alagoas em repertório que concilia latitudes e irmana sotaques sob a leveza do seu canto. As doses de emoção parecem propositalmente ralas para que não diluam as elegantes soluções harmônicas que remodelam temas de Cartola (“Disfarça e Chora”), Caetano Veloso (“Oração ao Tempo”) e Tom & Vinicius (“Brigas Nunca Mais”). Djavan voa solto pelo clássico s inatriano “ Fly Me to the Moon”, tira a carga melodramática do samba-canção “Sabes Mentir” e faz sua “Apoteose ao Samba” com o balanço que desabrochou em “Flor de Lis”, lá em 1976

Mauro Ferreira