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KT Tunstall

Redação Publicado em 07/12/2010, às 11h34 - Atualizado em 08/12/2010, às 16h22

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divulgação
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KT Tunstall

Tiger Suit

EMI

Cantora abraça sonoridade dos anos 90 com bons resultados

A obra dessa escocesa não comunga com as sonoridades dancebitch de Gagas, Ke$has, Perrys ou Beyoncés, não se espelha no soft jazz de Norah Jones ou Diana Krall e muito menos flerta com o soul pop como faz Joss Stone. KT talvez se sentisse mais à vontade na década de 90, mais precisamente ao lado de cantoras como Beth Orton, por exemplo, que emprestava sonoridades eletrônicas e revestia melodias pop com um toque de elegância e modernidade. Esse é o caso deste seu terceiro disco, seu melhor registro até agora. O abraço a esse techno noventista está por toda parte, conferindo a canções como “Uummannaq Song” ou “Madame Trudeaux” um certo clima de anacronismo não dance que até traz alívio. Autora de um hit certeiro no início dos anos 00, “Suddenly I See”, KT parece disposta a assumir-se como uma revisionista do passado recente do pop, algo que é meio complicado. A julgar pelo resultado deste Tiger Suit, suas chances até que são boas.

CARLOS EDUARDO LIMA