Black Drawing Chalks

Redação

Publicado em 06/04/2011, às 10h09 - Atualizado às 10h09
Divulgação
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Black Drawing Chalks

Live in Goiânia

Monstro Discos

Banda goiana mostra pique e energia em disco gravado em sua cidade

Feito tomates, sertanejos brotavam em duplas das paragens goianas até uma praga extenuar a safra, gerando frutos como o Black Drawing Chalks. Live in Goiânia, terceiro álbum dos Chalks, vai ao cerne da questão: uma boa banda é fidedigna no palco aos discos de estúdio ou aplicalhes fôlego extra? Neste ao vivo, o BDC marca a coluna do meio. Habitués do Bolshoi Pub, púlpito das gravações deste disco, depararam-se com uma banda menos selvagem e um pouco mais precisa, facilitando a captação do material bruto. Contudo, os Chalks não deixaram de engrandecer canções, graduando, ora em porções homeopáticas, ora em doses cavalares country, hard, southern rock e stoner rock. No set list, destaque para “Everything Is Gonna Be Fine”, uma canção para ouvir dirigindo com a capota baixa. O mesmo conversível é usado para uma fuga, ouvindo “Simmer Down”. Já “My Radio” parece mais a trilha sonora de uma festa junina feita no inferno. Com o público devidamente domado, “My Favorite Way” se traduz em catarse coletiva. A edição final conecta passagens e dá linearidade ao disco. A desarmonia de tons, opção de quem não usa afinações convencionais, torna as faixas mais viscerais. Para fechar, “Big Deal” acopla-se a uma jam, que termina antes do enfado.

TIAGO SANTOS-VIEIRA

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