Adriana Calcanhotto

Redação

Publicado em 06/05/2011, às 12h36 - Atualizado às 12h36
Divulgação
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Adriana Calcanhotto

O Micróbio do Samba

Sony

Depois de vários projetos infantis, cantora retoma trabalho autoral

Injetando personalidade num universo geralmente abordado com excesso de reverência, a cantora propõe, ao longo de 12 faixas (todas compostas por ela, sendo uma com Dadi), um olhar renovado sobre o mais popular dos gêneros brasileiros. Convocar os inventivos Alberto Continentino (baixo) e Domenico Lancellotti (bateria e percussão) já é uma carta de intenções sonoras – e há ainda participações de Davi Moraes, Rodrigo Amarante e Moreno Veloso. Mas, para além de arranjos não ortodoxos e idiossincrasias como uma guitarra distorcida em “Pode Se Remoer” ou um piano camerístico em “Aquele Plano pra Me Esquecer”, chama atenção a entrada de uma mulher diferente na temática machista do samba. Em “Beijo Sem”, por exemplo, ela canta: “Vou à Lapa/decotada/ viro todas/beijo bem”. Esta, aliás, é uma das duas não inéditas (e melhores) do álbum, tendo sido gravada por Teresa Cristina – a outra é “Vai Saber?”, registrada por Marisa Monte.

RAFAEL TEIXEIRA

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