Ellen Oléria
A artista brasiliense chega ao terceiro disco cheia de personalidade. Saem as releituras presentes no autointitulado trabalho anterior; entram faixas escritas por Ellen, letras sobre sua origem candanga, com altos conceitos (em uma amarração estética que chega até Grace Jones e Sun Ra, mas é mais fincada em ícones negros locais). A ironia é que ela se dá melhor quando simplifica – sem perder a sofisticação –, apostando no romantismo do R&B, vide “Slow Motion” e “Luz do Amor”. “Verão”, uma das quatro que só aparecem nas versões digitais do CD, soa como Erykah Badu trazida para um culto no Brasil.
Fonte: Independente