Arctic Monkeys
Alex Turner transformou a amizade com Josh Homme em inspiração
Quando o Arctic Monkeys lançou “R U Mine?” como single, em fevereiro de 2012, um alerta piscou: a banda talvez estivesse voltando às raízes juvenis de Whatever People Say I Am... (2006) e Favourite Worst Nightmare (2007), após se aventurar pelo rock robusto em Humbug (2009) e Suck It and See (2011). Mas, enquanto AM não saía, o líder, Alex Turner, se aproximou ainda mais de Josh Homme – o que rendeu uma parceria no disco mais recente do Queens of the Stone Age – e a amizade se transformou em influência. As únicas contribuições de Homme a AM são backing vocals em “Knee Socks” e em “One for the Road”, mas a sombra dele paira por todo o álbum. Da bateria arrastada ao baixo volumoso e às guitarras gritantes, todas as faixas soam como parentes próximos das músicas de Like Clockwork, do QOTSA. Entre tantas referências, faltou ao Arctic Monkeys mostrar a própria identidade. Por sorte, Homme é um mestre competente, o que ajuda AM a ser um bom álbum de rock. Mas Turner e seus companheiros bem que poderiam entregar mais do que pedia a lição de casa.
Fonte: Domino/Sony