Americana

Neil Young & Crazy Horse

Paulo Cavalcanti

Publicado em 14/05/2012, às 13h54 - Atualizado às 13h57
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Bardo canadense revisita (ou avacalha) tradicionais canções dos Estados Unidos

Neil Young já não é um artista popular – é gosto adquirido. Ou você sai gritando “mais” ou pede água. Quando se reúne ao Crazy Horse, seu grupo de apoio mais festejado, não tem concessões. Young e comandados forjam mais um disco indisciplinado e com guitarras estropiadas. Seria o mesmo de sempre se não fosse o repertório, que não contém nenhum original. Young fez uma seleção de canções folclóricas norte-americanas, aquelas que tocam em desenho animado ou em fundo de velhos western, melodias que todos conhecem, mas não sabem o nome. Estas músicas de domínio público já foram interpretadas um milhão de vezes, sempre com reverência. Young chuta a porta. Já começa com “Oh! Susanna”, canção de Stephen Foster da era dos menestréis, dominada pela cacofonia das guitarras e pelo grunhido de Young. O canadense e sua gangue também mandam para o abatedouro “Clementine”, “Tom Dooley” e até o doo wop “Get a Job”, que aqui ficou meio fora do contexto.

Fonte: Warner

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