AOR
Ed Motta
Carlos Eduardo Lima
Publicado em 13/05/2013, às 11h09 - Atualizado às 11h12Cantor revisita a sonoridade sofisticada feita na década de 70
Ao longo de 25 anos de carreira, Ed Motta sempre alternou lançamentos comerciais e outros nem tanto. Visitou o jazz brasileiro em Dwitza (2000) e Aystelum (2005), passeou pelo funk brasileiro universal em Manual Prático para Festas, Bailes e Afins (1997) e em sua sequência, As Segundas Intenções do Manual Prático (2000), e até flertou com o rock britânico dos anos 70 em Chapter 9 (2008). Agora, lança o 11o trabalho, voltado para as sonoridades pop-rock do período entre 1975-1982, quando o chamado adult oriented rock (ou album oriented rock) dominava as paradas. Gravado com a intenção de manter-se em um lapso temporal, AOR é extremamente bem gravado, cortesia da produção de Motta e da engenharia de som de Mario Leo, atingindo um padrão raro de excelência. As composições trazem parcerias com Rita Lee (“S.O.S. Amor”), Chico Amaral (“Flores da Vida Real”), Adriana Calcanhotto (“Ondas Sonoras”), Dante Spinetta (filho do falecido cantor e compositor argentino Luis Alberto Spinetta, em “Latido”) e com sua esposa, Edna, que traz insights do universo dos quadrinhos para canções como “Marta” e “1978”. Lá pela metade do disco, vem a vinheta-título, como se fosse uma chamada de alguma emissora de rádio setentista anunciando um programa de hits. Tudo funciona ao longo de AOR, que deve agradar a velhos fãs e catequisar novos admiradores.
Fonte: Dwtiza/Lab344