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Bárbara Eugênia

Redação Publicado em 14/10/2010, às 17h52 - Atualizado às 17h53

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<b>ELA É BARBARA</b> Cantora usa e abusa de diferentes climas em seu CD - MARCOS VILA LOBOS /DIVULGAÇÃO
<b>ELA É BARBARA</b> Cantora usa e abusa de diferentes climas em seu CD - MARCOS VILA LOBOS /DIVULGAÇÃO

Bárbara Eugênia

Journal de BAD

Independente

Esclarecendo: bad era o apelido de bárbara quando ainda morava no Rio de Janeiro. Journal de BAD é o título de um e-mail que mandava para os amigos contando suas angústias. Nos acordes iniciais do CD nota-se a presença dos Beatles. A primeira canção, “A Chave”, traz na lembrança “My Sweet Lord”, de George Harrison, que é homenageado também no solo de guitarra de Junior Boca em “Por Aí”. Saindo da influência do Fab Four, temos duas covers. “O Tempo”, uma das faixas mais sentimentais já gravadas por Fernando Catatau. Já “Dor e Dor”, de Tom Zé, tem a participação do autor e a canção é valorizada pelos arranjos de Edgard Scandurra. As regravações respeitam muito as obras originais. Otto e Tatá Aeroplano participaram da belíssima “Dos Pés”. Outro destaque fica para “Drop the Bombs” (com letra em inglês e melodia “viajante”). “É, Rapaz”, com letra de Junio Barreto, foi feita sob medida para a cantora. Os arranjos de metais, executados por Guizado (trompete) e Gil Duarte (trombone), de início lembram Los Hermanos, mas a sensação dura 15 segundos. Depois a canção ganha força, principalmente na frase “E aí, caí em tantos braços que nem sei”. E ela ainda completa no refrão com um aviso inconsciente aos que não sabem o que esperar de seu álbum de estreia. “É, rapaz. Assim se faz.”

Pedro Henrique Araújo