Megastars do rap apresentam fraco desempenho
Depois de anos desmarcando a data de seu novo disco, 50 Cent finalmente coloca Before I Self Destruct nas ruas. Como dito pelo rapper, este é seu álbum mais pesado desde Get Rich or Die Triyn, de 2003. Isso realmente se confirma. Mas, naqueles tempos, 50 Cent parecia ter mais disposição. O rapper retorna preguiçoso, como se estivesse fazendo músicas por obrigação de contrato. Sua maestria em escolher produções grudentas e radiofônicas parece ter se esgotado. Dr. Dre é o destaque, responsável por quatro faixas, mas o rapper não tem o mesmo desempenho. Claro, há exceções. O single “Crime Wave” e a violenta “Death to My Enemies” lembram a época em que Fifty ainda era das ruas com suas mixtapes de peso. A parceria com Eminem em “Psycho” é, também, um ponto alto. Mas suas tentativas de criar hits melosos não deram certo. Malice in Wonderland é o décimo disco da carreira de Snoop Dogg e traz produtores como Nottz, Lil Jon, The Neptunes. “I Wanna Rock” e “2 Minute Warning” são músicas que lembram os anos 90, quando a West Coast tinha uma identidade própria, conhecida como G-Funk, e ele era um dos personagens principais do cenário. Já quando o rapper tenta se adequar ao hip-hop atual não o faz com muito sucesso. Se perde em músicas como “Gangsta Luv”, em parceria com The Dream, e em “Pronto”, com o prodígio Soulja Boy, a quem criticava publicamente. Parece que Snoop Dogg quer apenas se divertir. E fazer música é sua principal diversão.
POR DANIEL TAMENPI