Battle Born

The Killers

Bruna Veloso

Publicado em 22/10/2012, às 16h52 - Atualizado às 16h53
The Killers - Divulgação
The Killers - Divulgação

Mesmo sem hits instantâneos, banda retorna com fôlego

O The Killers não tem a intenção de se reinventar nem de incrementar a música do grupo com elementos que fujam ao que os integrantes já sabem fazer bem. Não dá para julgar uma banda por isso – e quem aprecia a música dos rapazes de Las Vegas sabe bem o que esperar de um disco deles. Battle Born, o primeiro álbum do The Killers em quatro anos, não foge à regra: estão lá sintetizadores, baterias marciais, corais, e Brandon Flowers cantando em tons cada vez mais altos, preparado para comandar ginásios inteiros com o som (às vezes, pretensamente) grandioso que sai dos instrumentos. Desta vez, dá para ouvir mais guitarras e menos afetação nos efeitos eletrônicos embebidos na cafonice dos anos 80. Há boas canções, como o single “Runaways”, “Flesh and Bone”, a romântica (e bela) “Heart of a Girl” e “Be Still”, talvez a mais sincera do disco; outras nem tanto, como a balada bon-joviana “Here with Me”. Mas não existe, por exemplo, um hit como “Human”, de Day & Age (2008), que fisgava desde a primeira audição. Battle Born ganha o ouvinte aos poucos – o que talvez não seja assim tão significativo nesses tempos em que os singles valem mais do que o disco em si.

Fonte: Universal

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