Bloodsports
Suede
Pedro Antunes
Publicado em 13/05/2013, às 11h00 - Atualizado às 11h01Banda de Brett Anderson retorna com segurança em sexto disco de estúdio
O ouvinte tem o direito de ficar ressabiado do novo do Suede. O álbum, afinal, é fruto dessa safra de reuniões de bandas de britpop e dá continuidade à discografia do grupo, anos depois do equivocado A New Morning (2002). Mas Brett Anderson e companhia entregam canções bastante consistentes. Soa como se os integrantes da banda tivessem ouvido os próprios discos sob um olhar crítico e dito: “Vamos melhorar isso aqui”, “Que tal pegar emprestada esta ideia?” e “Nunca mais repetiremos aquilo”. Anderson é romântico, dolorido e ainda apresenta aquela urgência jovem. Os vocais retornam com ecos grandiosos e são acompanhados por riffs poéticos e estridentes da guitarra de Richard Oakes. O álbum segue no ritmo de um amor que deu errado: o início efervescente e veloz de “Barriers”, “Snowblind”; o auge com “Hit Me”; e o fim sombrio das baladas “Always” e “Faultlines”. A banda não se reinventou, mas mostrou que ainda é aquele bom e velho Suede.
Fonte: Warner