Born and Raised

Músico libera seus fantasmas pessoais

John Mayer se mostra confessional em Born and Raised, seu quinto álbum de estúdio. “É chato ser honesto e é uma droga ser real”, ele canta em “Shadow Days”. Mayer, que se queimou com declarações públicas desastradas e presenciou o divórcio de seus pais, afirma que no disco quer passar a mensagem de um caubói errante, dedilhando sua guitarra sentado à beira do fogo. E fez justamente isso, assumindo que o som foi baseado em velhos álbuns do Allman Brothers e de Crosby, Stills, Nash e Young – David Crosby e Graham Nash, na verdade, estão no álbum, harmonizando na faixa-título. “Queen of California” dá o tom introspectivo ao trabalho, evocando Neil Young, outro herói do dono do disco. É claro, sendo este um álbum de John Mayer, aqui tem a inevitável balada arrebatadora: “Age of Worry” cumpre bem esse papel. Mayer gravou tudo depois de uma cirurgia na garganta e sua voz acusa o incidente, mostrando vulnerabilidade. Como sempre, sua técnica na guitarra é econômica e elegante. O músico coproduziu o trabalho ao lado de Don Was, e a junção de pop, folk e blues contida em Born and Raised é a evolução natural de um artista problemático, mas altamente intuitivo.

Fonte: Sony

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