Casuarina

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Uma deliciosa celebração ao novo-velho samba carioca

Assim como os outros grupos do “novo samba” carioca, o Casuarina começou fazendo versões (e agora, no seu terceiro trabalho, traz também parte das suas composições próprias. No palco da Fundição Progresso (RJ), o Casuarina recebeu como convidados o cantor Moska (para “Cabelos Brancos”), a banda Moinho (“Rosa Morena”) e, da velha guarda, Roberto Silva (com a sanguinolenta “Jornal da Morte – Uma Edição Extra”) e Wilson Moreira (“Senhora Liberdade”, que ficou ainda mais bonita com o peso e a experiência da sua voz). Destoou um pouco o último convidado, Frejat, que interpreta “Já Fui uma Brasa”, de Adoniran Barbosa. Mas nada que comprometesse o resultado final, que combina perfeitamente com feijoada nossa de cada sábado. Para encerrar, “Canto de Ossanha”, com o cavaquinho falando alto. O tom bege que domina a arte do CD pode até lembrar algo velho, deteriorado pelo tempo. Mas o som que vem dele faz lembrar aquela fala de Chico Science: “Modernizar o passado é evolução musical”.

POR MARCOS LAURO