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Charlotte Gainsbourg

Redação Publicado em 07/04/2010, às 05h59 - Atualizado às 12h24

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Divulgação
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Charlotte Gainsbourg

IRM

Warner

Nova empreitada musical da atriz do polêmico Anticristo tem qualidades

Nem sempre é fácil para Charlotte Gainsbourg provar que sua carreira como cantora é pra valer. Comparações sempre surgem, já que ela é filha de Serge Gainsbourg, um dos ícones da música francesa, e sua mãe, Jane Birkin, também se sai bem no campo musical. IRM, seu terceiro trabalho, mescla pop e música eletrônica em 14 canções carregadas de melancolia. Produzido em parceria com o norte-americano Beck, o trabalho usa a voz frágil da cantora para criar arranjos distantes do convencional. “Vanities” arrisca ao passear pelo eruditismo: violinos dão vida a uma canção introspectiva e com alta carga emocional. Em “Heaven Can Wait”, a influência de Beck, que também divide os vocais, se torna evidente. “Tricky Pony” destoa um pouco e é construída a partir de guitarras pesadas. A perturbadora e ambígua “Looking Glass Blues” fecha o disco com seu ar dançante. No final da audição, IRM mostra que Charlotte é capaz de se sustentar também no panorama musical.

Murilo Basso