Direito de Ser Nada
Violins
LEONARDO DIAS PEREIRA
Publicado em 13/04/2012, às 10h49 - Atualizado às 10h52Quarteto goiano solta sétimo álbum, o segundo depois de fazerem uma pausa
Depois de seus integrantes se dedicarem a projetos pessoais, a banda goiana Violins sinaliza a vontade de produzir canções mais arejadas. As melodias continuam apoiadas nas letras elaboradas do vocalista e guitarrista Beto Cupertino, que em Direito de Ser Nada foca em metáforas amorosas e num otimismo inédito – ainda que seja declarado de uma maneira torta. O tratamento instrumental também se sobressai, com destaque para o trabalho realizado pelo onipresente baixista Thiago Ricco, soando pulsante (“É Como Está” e “Nossos Embrulhos”), ornamental (“Do Combate”) e agressivo (“O Grande Esforço”) sempre quando a ocasião requer. Difícil definir se essa simplicidade trata-se de uma tentativa de amenizar as acusações de que as músicas da banda são demasiadamente pretensiosas e rebuscadas. Ainda mais quando essa suposta concessão aparece no sétimo disco de uma banda com pouco mais de uma década de atividade. Mas ao amaciar o discurso, o Violins conseguiu atingir um primoroso viés pop, simbolizado na belíssima “Nenhum Caminho”.
Fonte: Monstro Discos