Arnaldo Antunes
Quatro anos após o sucesso iê-iê-iê, cantor lança disco cheio de parcerias
Disco, o novo trabalho de Arnaldo Antunes, surgiu da gana do artista em compor mesmo em meio à extensa turnê com as músicas do Acústico MTV (2012). As canções foram surgindo sempre que o tempo permitia e parcerias brotavam. Seja com Caetano Veloso, seja com a parceira tribalista Marisa Monte (juntos formam um trio de composição com Dadi) ou até mesmo na nova conexão paraense via Felipe Cordeiro e chegados, Disco é lotado delas. Cada uma toma um rumo distinto. “O Fogo”, feita com João Donato, abre o álbum com uma bossa nova discreta. Em “Trato”, Antunes adentra no soul com Céu e Hyldon. As faixas funcionam bem sozinhas, mas perfazem uma obra irregular – musicalmente firme e com o pendor visual da poesia de Antunes, mas sem um conceito que costumava amalgamar seus discos de estúdio. Disco ficou mais como uma coletânea de lados B – um capricho que não desabona a carreira nem desagrada os fãs mais fiéis.
Fonte: Rosa Celeste