Soulfly
Max Cavalera reforma o som de sua banda, com resultados interessantes
Finalmente Max se livrou de Roots, disco da sua ex-banda, Sepultura. Era uma assombração há 15 anos – o mais velho dos Cavalera nunca ficou livre da sombra do mais famoso trabalho da mais famosa banda de heavy metal do país. Isto mudou com Enslaved. Os temas raiz do trabalho não passam mais pela percussão e sonoridade world music incorporada ao metal, mas costuram as letras sob a linha da discussão da escravidão. A mistura dá nuance peculiar ao oitavo disco do Soulfly, já que a potência sonora carrega para timbres ainda mais baixos (e pesados) e batidas que tangenciam o death metal – bumbo duplo, esbarrando muitas vezes no blastbeat. Fica clara a assinatura sonora da nova formação que Max contratou: Dave Kinkade (baterista com longa ficha corrida no death metal) e Tony Campos, baixista que tocou com o Ministry. A família Cavalera é ainda representada por três filhos de Max: Iggor, Zyon e Ritchie, que participam da música “Revengeance”. E o Brasil é lembrado na mistura de português com espanhol de “Plata o Plomo”.
Fonte: Roadrunner