Thiago Pethit
Segundo trabalho do cantor paulistano se mostra mais bem resolvido
Não leve a sério o título do álbum. É uma pequena tirada irônica, já que Thiago Pethit (ainda) não é uma estrela, e, ao contrário do que o título diz, está em ascendência. Berlim, Texas, seu primeiro álbum, era assombrado por uma postura “wannabe”, que piscava os olhos para ídolos do passado, mas perdia contato com o presente, como um retrato tirado com um celular no Baixo Augusta, em São Paulo, e envelhecido no Instagram. Pethit começa a soar natural, e isso cria alguns momentos interessantes, como “Pas de Deux”, a faixa de abertura; “Perto do Fim”, uma balada de partir o coração, seja pelo arranjo suave que remete a Phil Spector (que também influencia outra boa canção, “So Long, New Love”), seja pela participação de Mallu Magalhães, cuja voz parece que irá se despedaçar há qualquer momento; e “Devil in Me”, climática ode ao capeta, destaques de um disco que soa menos exagerado que o anterior, e, por isso, melhor.
Fonte: Independente