Fall Out Boy
Folie à Deux
Island/Universal
Ícones do movimento emo mostram amadurecimento
O Fall Out Boy é uma daquelas bandas em que, numa roda de pessoas, quando alguém menciona o nome, outro já manda a classificação "Ah, aquele grupinho emo?". Pois recomenda-se maior atenção ao trabalho desse quarteto de Chicago. Não que eles fujam tanto ao ingrato rótulo aplicado à maior parte das formações de punk pop, mas com o FOB não tem só essa de chorar pelo amor mal correspondido. Tanto que o baixista Pete Wentz aparece em listas e mais listas dos melhores compositores modernos. É ele quem escreve as letras do grupo. Quem já procurou traduzir o que ele diz em suas canções ou mesmo viu um dos vídeos do FOB percebe que ali existe um exemplo de emo com mais conteúdo. Neste quinto álbum de estúdio, a turma vai adiante e amadurece também na sonoridade. Nota-se, em temas como "(Coffee’s Closer)" (a melhor do disco) ou "Disloyal Order of Water Buffaloes", um maior apuro nos vocais. Simpáticos arranjos de cordas entram como complemento e não é necessário ser adolescente para gostar de pelo menos cinco das 13 faixas.
José Norberto Flesch