Redação Publicado em 11/12/2008, às 19h36
Farofa Carioca
Tubo de Ensaio
Independente
O sambalanço não continua o mesmo; e a voz, quanta diferença
o Farofa Carioca já foi um dos grupos mais cotados para as festas de verão do Rio de Janeiro, na época em que tinha Seu Jorge à frente dos vocais. Com sua saída, Gabriel Moura ainda deu conta do recado por algum tempo. Este ano, a banda voltou à ativa em disco com Mario Broder cantando e, daquele segundo vocalista, ficaram apenas as composições ("Samba Rock", com Jovi Joviniano, "Rap do Negão", com Walace Jefferson e Seu Jorge, e outras cinco). O ex-integrante do Funk’n’Lata sabe executar bem o seu ofício, mas o timbre marcante, dinâmico e único de Seu Jorge deixa saudade. Às vezes, a voz de Broder parece com a de outros cantores (até Sandra de Sá entra neste pacote). É como se fosse outra banda, menos interessante, com um sambalanço menos animado. O disco traz, por exemplo, "Trem de Mais Um Dia", música romântica que não combina com o astral que o Farofa Carioca sempre levou ao palco. A versão dançante do funk "Feira de Acari" (DJs Marlboro e Pirata) e a releitura de "Rap do Negão" são duas que se salvam neste retorno decepcionante.
Christina Fuscaldo
