Jota Quest
Em disco alto-astral, grupo recicla suingue black e convida à festa
Sétimo álbum de inéditas do Jota Quest, Funky Funky Boom Boom desencava a raiz black do som do grupo mineiro em repertório festivo. Se a guitarra retrô de Nile Rodgers evoca os embalos noturnos dos anos 70 em “Mandou Bem”, a adesão de Adriano Cintra na produção de “Entre sem Bater” e “Toxina Voyeur” sintoniza o quinteto com os tempos modernos. “Ela É do Rio” põe o suingue sangue bom carioca na receita, na intenção de criar uma garota nacional. Disco de groove, formatado pelo norte-americano Jerry Barnes, Funky Funky Boom Boom cai na gandaia sem se desviar da rota black. Várias faixas (“Waiting for You”, “Jota Quest Convidou”) são chamados explícitos para a festa. O alto-astral é mantido até em “Realinhar”, balada soul à moda de Cassiano, que foca fim de amor com resignação otimista. “Dentro de um Abraço” roça a perfeição pop ao receitar afeto para curar as dores do mundo. Funky Funky Boom Boom chega surpreendendo e tem cacife e balanço para elevar o status do Jota Quest no mercado.
Fonte: Sony Music