Coldplay
Ghost Stories tem um fantasma loiro por trás das nove faixas. O álbum saiu alguns meses depois que o vocalista Chris Martin e a atriz Gwyneth Paltrow, companheira dele por uma década, anunciaram a separação. O resultado é um disco como o Coldplay nunca gravou antes. Em vez de refrãos amplos encaixados em hinos feitos para serem marcados pelo pé, Ghost Stories é envolto por soluços e lamentações. Mas o trabalho fica no meio do caminho entre a depressão e a aceitação. Enquanto Martin acelera direto para o precipício, o resto do Coldplay não o deixa escorregar na beirada. No pulsante single “Magic” e na brilhante “Ink”, as perspectivas do amor eterno são contempladas depois que a chama inicial se apagou. “A Sky Full of Stars”, a faixa mais extasiante do álbum, tem ajuda do DJ e produtor sueco Avicii, e dá a Martin a chance de dançar, desajeitadamente, rumo à libertação. A verdade contida em “True Love” é muito difícil de suportar. Em uma apresentação em Nova York, Martin falou que era a canção que ele mais tinha gostado de escrever. Talvez a princípio ele não quisesse ter escrito algo assim, mas depois parece ter virado uma necessidade.
Fonte: Universal