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Girl on Fire

Alicia Keys

Zeca Azevedo Publicado em 11/01/2013, às 16h31 - Atualizado às 16h33

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Cantora repete clichês do R&B contemporâneo

“Nunca faça nada que possa ser rapidamente esquecido.” A frase, dita por Tony Bennett em entrevista recente, não parece estar entre os objetivos de um grande número de artistas pop contemporâneos, que se preocupam mais com sucesso imediato do que com legado artístico. A competição é cada vez mais feroz, a queda para o anonimato é cada vez mais rápida. O caso de Alicia Keys é exemplar. Quando surgiu em 2001, a cantora prometia uma carreira que conciliaria acessibilidade e qualidade artística. O segundo álbum de Alicia, excelente, indicava que a promessa se confirmaria. Do terceiro álbum até este novo, porém, o que vemos é a capitulação progressiva de Alicia Keys ao som pegajoso e espetaculoso do “novo” R&B. Sim, é popular, faz sucesso, mas vai durar? Será apreciado daqui a 20 anos como os discos de Aretha Franklin ou de Anita Baker? Girl on Fire, o novo álbum, sofre com a falta de invenção melódica, os arranjos bombásticos e as batidas intrusivas que soterram as canções. O dueto com Maxwell em “Fire We Make” é o ponto alto de um disco que não chega a ser ruim, mas é esquecível. Alicia Keys poderia incendiar o mundo, mas prefere fazer fogo de palha.

Fonte: Sony