Foals
Quinteto tira máscara da complexidade e se sai bem
Desde que surgiu em 2008 com Antidotes, o Foals esteve ligado a um rock matemático e complexo. Uma levada mais pop surgiu pelas frestas do segundo disco, Total Life Forever (2010). E é no terceiro trabalho que o quinteto britânico definitivamente fita o horizonte. Holy Fire ainda é repleto de detalhes, texturas e vozes, mas agora soa mais compreensível e palatável dentro de suas experimentações e ousadias. A introdução atmosférica de “Prelude” cria uma tensão climática para engatar “Inhaler”, com seus vocais nervosos. Soa pesada, quase engana na intenção, mas é a partir daí que as influências de disco-punk crescem ao longo de quase 50 minutos, que também oferece outros bons temas como “My Number” e “Providence”. A opulenta “Bad Habit”, com suspiros oitentistas, clama para ser acompanhada por vozes de multidão. Com belos timbres, harmonias e frequências intrigantes, o Foals parece iluminar o próprio caminho em busca de desafios que estão por vir.
Fonte: Transgressive/Warner