Kiss
Sonic Boom
Universal/Roadrunner
Feito para os fãs, não traz grandes surpresas, mas também não é horrível
Quando o Kiss começou a falar sobre um novo disco de inéditas, nem mesmo os fãs mais radicais botaram fé. Gene Simmons e Paul Stanley prometiam um trabalho tão bom quanto os clássicos Destroyer e Dressed to Kill e parecia mais um dos muitos golpes de marketing da banda. Mas Sonic Boom chegou, e surpreende até os mais céticos. É o primeiro trabalho da banda desde Psycho Circus (de 1998), e o primeiro com Eric Singer na bateria e Tommy Thayer na guitarra. É o Kiss como os fãs gostam de ver: rock and roll simples, fácil de digerir, sem experimentalismos, e acima de tudo divertido. O CD foi produzido por Paul Stanley, e é fácil identificar o dedo do vocalista e guitarrista durante todas as faixas. Eric e Tommy fazem um excelente trabalho, e inclusive gravaram – e bem – suas primeiras faixas cantando. Como Sonic Boom foi claramente feito pensando nos fã, todas as músicas lembram de alguma forma algum hit do passado, e a banda cumpre à risca seu objetivo inicial de não inovar de forma alguma. Ou seja, é um trabalho que talvez não agrade a quem já não gosta do som do quarteto mascarado, e pode não arrematar novos fãs. Mas, para quem não espera nada além de rock a noite toda, Sonic Boom acerta em cheio.
POR RENATO VILIEGAS