Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Kisses on the Bottom

Paul McCartney

MAURO FERREIRA Publicado em 13/02/2012, às 11h11 - Atualizado às 11h13

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Ex-beatle brilha em disco de standards pontuado por suingue jazzístico - divulgação
Ex-beatle brilha em disco de standards pontuado por suingue jazzístico - divulgação

Ex-beatle brilha em disco de standards pontuado por suingue jazzístico

Maul McCartney ama com ternura. Enquanto se prepara para celebrar seus 70 anos em junho, o cantor encarna o amante à moda antiga em Kisses on the Bottom, 23º álbum de estúdio de sua discografia pós-Beatles. Mas McCartney tempera tal doçura com suingue jazzístico que baixa o teor de açúcar desta coleção de standards lançados entre os anos 20 e 50. Nem o título dúbio, que também pode ter sentido erótico por citar um termo criado por jazzistas marotos em tempos idos, eleva a dose de testosterona. Ao revisitar a trilha sonora de sua infância e adolescência, McCartney se exercita no papel de crooner, ao estilo de Nat King Cole (1919–1965). O balanço de “I’m Gonna Sit Right Down and Write Myself a Letter” (1935) dá o tom retrô do primeiro álbum em que Paul abre mão de tocar qualquer instrumento para se concentrar no canto sereno. A seleção afetiva inclui duas inéditas autorais compostas e arranjadas nessa linha saudosista. “My Valentine” é belíssima balada pontuada pela guitarra divina de Eric Clapton, cujo toque tão minimalista quanto singular adorna também “Get Yourself Another Fool”, pérola popularizada na voz do soulman Sam Cooke (1931–1964). A outra inédita, “Only Our Hearts”, traz a gaita de Stevie Wonder. Coeso, Kisses on the Bottom flagra McCartney imerso em onda nostálgica, mas sem seguir a trilha populista pavimentada por Rod Stewart em sua série The Great American Songbook.

Fonte: Hear Music/Universal Music