Jane’s Addiction
Banda de Perry Farrell perde a pegada em álbum que tentar se livrar do passado
Não fossem as drogas, as brigas e as consequentes interrupções, o Jane’s Addiction teria decepcionado mais cedo. Após 26 anos entre idas e vindas, a banda californiana lança seu quarto álbum de estúdio. O pastiche dos tempos de glória que foi Strays, lançado em 2003, gozou de certa condescendência da crítica saudosa dos riffs da guitarra de Dave Navarro e da bateria poderosa de Stephen Perkins. Em The Last Escape Artist, esse raro trunfo é trocado por texturas que deixam o trabalho chocho. “Underground” abre o disco com intervenções eletrônicas em guitarras distorcidas. Seria um belo início se os capítulos seguintes viessem com o esperado ataque. “End to the Lies” traz a mesma ambiência. Baladas hard como “Ultimate Reason” e “Broken People” têm força, mas pouca inspiração. Farrell diz tentar fugir do passado, mas o remói em canções em que o reverb de sua voz é como um eco distante.
Fonte: EMI