Lou Reed & Metallica
Colaboração de veterano e superastros do metal tem resultado abaixo da média
Se você não ouviu o “Loutallica”, então é bom saber o que o aguarda: uma guitarra acústica geme e a voz reconhecível canta “you made me dream of Nosferatu / trapped in the isle of Dr, Moreau”. Segue-se um grito gutural: “smal-town-girrrrrrrrrl”… e mais guitarras. É “Brandenburg Gate”, abertura de Lulu, a injustificável criação conjunta de Lou Reed e Metallica. São dez intermináveis faixas que você vai esquecer logo depois de ouvir, com direito a violoncelo, spoken word e microfonia. Mas há um momento quase bom. “Iced Honey”, justiça seja feita, tem peso, melodia e a voz de Reed em beleza inspiradora. Mas, no geral, Lulu é vítima de sua pretensão de ser objeto de culto. Difícil saber como essa má ideia surgiu, mas quem fica em posição questionável aqui é o Metallica. Lou Reed não é nenhum inocente, mas ele tem direito a arroubos experimentais. O disco é um resultado de nossos tempos e como tal deve ser escutado pelo menos uma vez. Mas aposto que você não vai querer repetir a experiência.
Fonte: Universal