Maroon 5
Até a metade desta década, o Maroon 5 era um eclética banda de pop-rock capaz de criar canções contagiantes, mas com pouca personalidade. Aos poucos isso mudou, principalmente por causa da presença carismática do cantor Adam Levine. Agora, o quinteto aparece com V, que tem 11 canções tão cheias de ganchos e refrãos irresistíveis que tornam o álbum ainda mais afiado do que o multiplatinado Overexposed (2012). O Maroon 5 atualiza a sonoridade dos anos 1980 para a era de Katy Perry. Levine escreveu todas as canções, contando com a ajuda de vários magos dos estúdios como os mestres suecos do pop dançante Max Martin e Shellback, Benny Blanco (produtor do hit “Moves Like Jagger”) e Rodney Jerkins. A voz de tenor flexível de Levine domina tudo em V – seja na afirmação sexual de “Animals”, seja na irônica “In Your Pocket”, que narra a saga de um sujeito virando a mesa em cima da namorada que o traiu. No entanto, às vezes o excesso de confiança do frontman se torna uma fraqueza. Ele não se abre tanto emocionalmente quanto fez na estreia, Songs about Jane (2002), uma coleção de faixas sobre separação. É possível vislumbrar uma fresta da vida dele em “It Was Always You”, na qual o vocalista, que se casou recentemente, irradia alegria ao falar que achou a pessoa certa. No final das contas, é um álbumcheio de energia: para comprovar isso, basta ouvir as excelentes “Feelings” e “My Heart Is Open”, em que Levine divide o microfrone com Gwen Stefani, colega dele no realityshow The Voice.
Fonte: Universal